Química





Cesário
Verde



Portugal
25 Fev 1855 // 19 Jul 1886
Poeta
26 Poemas


Eu e Ela

Cobertos de folhagem, na verdura,
O teu braço ao redor do meu pescoço,
O teu fato sem ter um só destroço,
O meu braço apertando-te a cintura;

Num mimoso jardim, ó pomba mansa,
Sobre um banco de mármore assentados.
Na sombra dos arbustos, que abraçados,
Beijarão meigamente a tua trança.

Nós havemos de estar ambos unidos,
Sem gozos sensuais, sem más idéias,
Esquecendo para sempre as nossas ceias,
E a loucura dos vinhos atrevidos.

Nós teremos então sobre os joelhos
Um livro que nos diga muitas cousas
Dos mistérios que estão para além das lousas,
Onde havemos de entrar antes de velhos.

Outras vezes buscando distração,
Leremos bons romances galhofeiros,
Gozaremos assim dias inteiro,
Formando unicamente um coração.

Beatos ou apagãos, via à paxá,
Nós leremos, aceita este meu voto,
O Flos-Sanctorum místico e devoto
E o laxo Cavaleiro de Faublas...

Cesário Verde, in 'O Livro de Cesário Verde'





    1 Inclina os teus ouvidos, ó Senhor,
    e responde-me,
    pois sou pobre e necessitado.

    2 Guarda a minha vida, pois sou fiel a ti.
    Tu és o meu Deus;
    salva o teu servo que em ti confia!

    3 Misericórdia, Senhor,
    pois clamo a ti sem cessar.

    4 Alegra o coração do teu servo,
    pois a ti, Senhor, elevo a minha alma.

    Salmo 86 11:5


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